Hoje vi uma resenha sobre o inesquecível "Drácula de Bram Stoker". Assim como os vinhos, o tempo melhorou e muito este é considerado o último grande filme do mestre Francis Ford Coppola. Em sua concepção visual trata-se sem duvida de um mais belos filmes de horror gótico do cinema. Apesar de ter tomado várias liberdades com o texto original de Stoker as melhores cenas do romance estão lá: a chegada de Jonathan Harker no castelo, que na parte inicial tem grande destaque, o momento em que ele é seduzido pelas vampiras que recupera toda a carga de erotismo do romance, o gradativo processo de transformação de Lucy em vampira e, principalmente, a formação da "equipe da luz" que inicia uma implacável perseguição a Drácula. Vale destaca que este filme conseguiu retomar a associação entre o vampirismo e a sexualidade que é bastante acentuada na obra original. Apesar de muitos reclamarem da reconfiguração de Drácula que aqui remete ao herói romântico, que ao mesmo tempo é vítima e agente de suas ações e não como a criatura repugnante descrita por Stoker, acho que essa mudança foi positiva e tornou-o o Conde Vampiro um personagem ainda mais interessante. De qualquer forma, o filme de Coppola permanece uma obra-prima do cinema fantástico e sua abordagem das chamadas criaturas na noite é assustadora e fascinante ao mesmo tempo, muito diferente do modo como elas são descritas no anêmico "Crespúsculo".
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