Quando se ouve a palavra Drácula é imediato que venha à cabeça a imagem de um homem vestindo uma capa
preta, com os cabelos engomados e penteados para trás e um sorriso maléfico nos lábios, sempre envolto por uma espessa névoa. Ou em uma época mais recente, na
versão dirigida por Francis Ford Coppola, Drácula aparece como um ser de aparência andrógena, na qual se sobressai sua decadência física, embora, após ingerir sangue humano volte a ser jovem e vestindo-se e, principalmente, se comportando como dândi - uma referência a Dorian Gray, outro importante personagem da literatura gótica inglesa do final do século XIX, passa a frequentar lugares públicos e cortejar a jovem Mina, que vem a ser a encarnação de sua falecida esposa.
Essa é apenas uma pequena demonstração de algumas faces que a imortal criação de Bram Stoker assumiu ao longo do tempo em suas adaptações cinematográficas. Mas antes que se possa comentar um pouco sobre as metamorfoses de Drácula no cinema, é necessário
falar um pouco sobre a provável origem do nome que atribuiu o titulo a mais famosa obra do
escritor irlandês Bram Stoker.
A palavra Drácula vem do romeno
e quer dizer filho do dragão. Ela remete à Draculea, uma estirpe de nobres que dominaram durante a época medieval o território
da Valáquia, (atual Hungria), onde se localiza a famosa região da conhecida
Transilvânia e que eram conhecidos e temidos por sua crueldade. Dentre eles, o príncipe Vlad Tepes é
apontado como provável modelo usado por Stoker para a criação de seu Conde
Vampiro. De acordo com as lendas populares, Tepes
costumava se alimentar banhando o pão no sangue de seus inimigos enquanto eles
eram executados por meio da empalação, o que resultava em morte
lenta e dolorosa. Assim, é provável que o “gosto” pela violência, sangue e morte
do cruel príncipe valaquiano tenha contribuído de forma significativa para que sua imagem ficasse associada a do vampiro
também conhecido pelos eslavos como nosferatu
ou strigoi, que constitui um mito
poderoso que integra o folclore popular do Leste Europeu e que de algum modo
permanece vivo até a época atual. Além disso, também de acordo com relatos folclóricos, algum tempo após seu sepultamento, o corpo de Tepes sumiu
misteriosamente e isso fortaleceu sua inserção dentro da esfera do sobrenatural.
Vale ressaltar que na Romênia, país que anteriormente fazia parte da Valáquia, Vlad Tepes mesmo na época atual é considerado um herói nacional, uma vez que impediu que esse lugar fosse invadido e dominados pelos mulçumanos.
Vale ressaltar que na Romênia, país que anteriormente fazia parte da Valáquia, Vlad Tepes mesmo na época atual é considerado um herói nacional, uma vez que impediu que esse lugar fosse invadido e dominados pelos mulçumanos.
De acordo com estudiosos do romance, é possível que Bram
Stoker enquanto o escrevia - este se tornaria sua obra-prima teria somente se apropriado de alguns aspectos, o mais sinistros acerca de Vlad e os teria aproveitado para compor a personalidade violenta e excêntrica de seu personagem central, Drácula. Ainda de acordo com aqueles que estudam o livro, inicialmente, o Conde vampiro seria chamado de Vamphir, mas o autor
durante o processo de sua elaboração, Stolker resolveu mudar seu nome para Drácula, porque o achou mais sonoro.
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